Que bom que você veio, colorindo os meus dias, descortinando verdades e vontade de se deixar levar. Que bom que as tardes ficaram mais doces, os domingos mais leves e o coração cheio de amor. Que bom que você veio, meio torto, meio demorado, meio sem jeito, cheio de defeitos, mas do jeito que eu sempre quis. Que bom que você é exatamente do jeito que é, paradoxalmente imperfeito, mas milimetricamente perfeito pra mim. Que bom poder deitar em teu colo e toda noite te ver dormir. Que bom acordar sentindo o teu abraço e encontrar nos teus braços a melhor sensação. Que bom ver teu sorriso e teus olhos perdidos no meu. Que bom sentir o coração bater mais forte tão perto do teu. Que bom que você veio, moço. Que bom que aqui ainda está. Permanece! Fica! Que bom te ter comigo, como amado, como amigo, como dono do meu coração.
Apenas cansada de relacionamentos vazios que insistem em começar pelo fim. Apenas cansada de conhecer pessoas, criar expectativas (porque não adianta, a gente sempre cria) e me decepcionar ao nível do mesmo impacto da queda de um avião. Apenas me poupando, talvez – ou não. Não, eu não espero um príncipe encantado de olhos azuis montado em um cavalo branco. Pra falar a verdade, nunca esperei por algo assim. Não, eu também não acho que todos os homens são iguais apenas porque alguns poucos me machucaram e, por isso, o mundo está perdido. Não, apesar de tudo (e de tudo mesmo) ainda tenho fé, embora, muitas vezes, pareça ser em vão ou embora, muitas outras e tantas vezes, esse pareça ser o meu maior defeito. Será? O fato é que minha poesia anda sem rumo e meu verso, meio desbotado. Minhas palavras, meio vagas e sem sentido. Sem um verdadeiro sentido que só se tem quando os olhos brilham, as mãos gelam e o coração dispara. Aquela paz de um “ amor tranquilo com sabor de fruta mordida ...
É verdade, eu gosto do silêncio. É verdade que, às vezes, pra me dar ouvidos, eu preciso te olvidar. E, pra me ver, eu precise te apagar, pra, quem sabe, me apegar a qualquer coisa que me devolva o ar, que me traga paz e me seja cais. É verdade, é verdade que há limite para tudo nesta vida e que não há vida para tudo aquilo que nos limitamos. Sei que das minhas fronteiras já não quero mais me aproximar, sei que de outros mundos, por enquanto, não quero me arriscar. Quem sabe em outras rimas, em outros versos se façam par, embora sempre ímpares. Embora sempre espessos e dispersos. A madrugada me abraça. É verdade. Carinhosamente, me afaga. A noite guia minha mente e modela minhas palavras para que elas saiam em passos e ritmo leves, que dancem feito plumas, não como facas. Que me façam graça, não mais desgraça. É verdade que em todo nunca mais mora o medo do mais uma vez e em cada despedida, uma vontade de ficar. Em cada não, reside uma dúvida e em todas as dúvidas, mai...
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