Calmaria
Eu não quero nada extravagante, nada extraordinário, nada que me tire o
fôlego. Quero a calmaria depois da tempestade, quero coisas duradouras. Quero a
tranqüilidade de um amor sereno. Não quero mais fogos de artifício, não quero
nada que se apague nessa efemeridade das coisas. Quero tudo na paz, quero tudo
no seu devido lugar. Não quero que transborde nem que falte, só quero a medida
certa, tudo no limite. Porque depois de um certo tempo a gente vê que tudo que
falta o fôlego no fim traz excesso de lágrima e eu me prefiro desmanchando em
sorrisos.
Trago no bolso sonhos possíveis. Descartei o peso da expectativa. Me
sinto mais leve, sorrindo por tudo, chorando por nada. Talvez esteja letra de
Renato Russo "acho que não sei quem sou, só sei do que não gosto" e
se pra alguns "o que é demais nunca é o bastante", descobri meu muito
ao alcance dos olhos. Não tenho roupa adequada para aparições em grande estilo.
Minha alma mal vestida aprendeu a achar graça na simplicidade. Eu quero pôr do
sol acompanhada, bagunça de amigos de madrugada, quero foto despenteada, quero
andar com calma. Correria pra quê? A estrada sempre vai estar ali me esperando.
Você pode até me chamar de limitada, mas a paz que habita em mim, não escuta
suas palavras!
Texto lindo em parceria com a linda Renata Fagundes!
Comentários
beeeeeeeeijo amada minha
Abraços e linda tarde!
Lindo de viver.
Bjim***