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Mostrando postagens de dezembro, 2011

Não, não passa...

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Engraçado, agora parecemos dois estranhos. Aquele amor ficou parado ali mesmo, no meio da estrada, de bagagem pesada, só com a roupa do corpo, sem saber que rumo seguir, sem mim, sem você, sem carona, sem atalhos nem mapas. O nosso amor vaga : com sede, com fome, com lágrimas. E espera, espera um dia a nossa volta, espera que um dia, feito criança, o carreguemos no colo e brinque e sorria como era de costume fazer nos piqueniques de domingo. O tempo passa, o vento passa, a paisagem passa, o amor não passa . Ele fica! Caminha a passos lentos e exaustos, as malas pesadas de recordações já puíram, arrebentaram e ficaram pra trás. Os olhos cansados já não enxergam a longas distâncias, já não me reconheceriam, nem reconheceriam você. Nosso amor é uma moldura sem retrato em busca dos rostos que antes ali sorriam! É um vão eterno entre mim e você . O amor envelhece, a memória desgasta, as lembranças se vão, os sentidos enfraquecem, mas lá no fundo tem uma coisa que ainda queima,...

Laços

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Acho tão lindas essas paradas de ‘amor’, cara! Tudo muito perfeito, à la panos passados! Fofo demais, bonitinho demais, arrumadinho demais: DEMAIS! A teoria é o blá blá blá mais lindo que já puderam inventar! Na prática, a roupa é largada; a fofura e a beleza nem sempre existem e, outra, tudo parece levar ao imperfeito. Mas tem uma vantagem: é um laço duradouro! Observe: eu disse laço! Laço não aperta, não sufoca e se desatar você o refaz de outra forma, podendo até ficar mais bonito, mais ‘jeitoso’! Cuidado: nem todo amarrado desajeitado é laço; nem tudo é sinal de amor! Para ser ‘perfeito’ não precisa ser ‘certinho’! Simone Oliveira

Sobre estar junto

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E estar junto é mais do que andar de mãos dadas: é sentir as mãos apertarem-se em resposta aos olhares trocados. Estar junto é muito mais que uma atualização de relacionamento em rede social, vai mais além do que, aparentemente, se pode ver. É muito mais do que querer mostrar que não está só.  Não é preciso que te liguem ou que te cubram de mensagens piegas impecavelmente cronometradas de cinco em cinco minutos. Não é preciso ouvir aquele meloso ‘eu te amo’ mil vezes por dia. Não é preciso gritar ao mundo que ama, é ver o outro dormir e falar baixinho ao pé do ouvido que vai estar ali, sempre. Ele não precisa saber, precisa sentir. E, isso, nenhuma palavra pode explicar. Estar junto é dividir os problemas e as alegrias, é rir juntos das tempestades já passadas. Estar junto é assistir o pior dos filmes agarrados no sofá. É fazer do outro o seu inesquecível. É fazer dos momentos, inesquecíveis! Pieguice aos quatro ventos é o fim! Poupem-me de tanta hipocrisia e (falsa) melosi...

Bem-vindo, dezembro!

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E que todas as boas intenções que pairam, utopicamente, sobre dezembro tornem-se um dia, de fato, realidade. Que todas as luzes que brilham frenéticas nessa época do ano sejam luzes no fim do túnel e sirvam como direção a quem de guia necessitar. Que os ventos que predizem a chegada de mais um ano sejam os bons ventos perfumados da primavera e que, nesse período, desabrochem junto às flores os nossos melhores sentimentos! Vem dezembro, vem manso, toca teus sinos em sintonia com o pulsar dos corações enfastiados, faz dessa melodia um acalento a quem pouco ou nada crê na vida, renova a esperança em quem espera um dia ‘o milagre’ acontecer. Seja esse milagre! Que o Natal seja mais que uma troca de presentes e comida farta, mais que um bom e esquecido velhinho descendo pela chaminé, que seja fé. Somente fé. Seja muito bem-vindo, senhor Dezembro! Pode entrar, a porta está aberta! Simone Emanuelle Oliveira