Não, não passa...



Engraçado, agora parecemos dois estranhos. Aquele amor ficou parado ali mesmo, no meio da estrada, de bagagem pesada, só com a roupa do corpo, sem saber que rumo seguir, sem mim, sem você, sem carona, sem atalhos nem mapas. O nosso amor vaga: com sede, com fome, com lágrimas. E espera, espera um dia a nossa volta, espera que um dia, feito criança, o carreguemos no colo e brinque e sorria como era de costume fazer nos piqueniques de domingo.

O tempo passa, o vento passa, a paisagem passa, o amor não passa. Ele fica! Caminha a passos lentos e exaustos, as malas pesadas de recordações já puíram, arrebentaram e ficaram pra trás. Os olhos cansados já não enxergam a longas distâncias, já não me reconheceriam, nem reconheceriam você. Nosso amor é uma moldura sem retrato em busca dos rostos que antes ali sorriam! É um vão eterno entre mim e você.

O amor envelhece, a memória desgasta, as lembranças se vão, os sentidos enfraquecem, mas lá no fundo tem uma coisa que ainda queima, e arde, e dói! Aí acontece que o amor não espera mais por mim nem por você, espera por alguém, qualquer alguém que o leve e cuide e guie e queira bem.

O amor não passa, não acaba, adormece. Se vai aos poucos na esperança de um dia saber como voltar!

Simone Oliveira

Comentários

Passando de blog em blog encontrei o seu e adorei vim visitar por aqui! Super adorável! Estou seguindo! Beijinhos!
Nath disse…
amei o texto !!
poxa aqui é bem legal e diferente !!
adoreeeeeeiiiiii
seguindo !!
segue de volta ??
http://louca-atitude.blogspot.com
Anônimo disse…
Muito bacana. Boas palavras...
Seguindo!
Deus te abençoe!
Anônimo disse…
Nossa...
Já acompanhava os seus textos e sempre me identificava e me identifico e lendo este... Me senti completamente tocada.
Parab[ens

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