Adeus, ano velho
Cancela, cancela todas as lembranças ruins
de 2012 que as linhas estão quase acabando! Traz o saldo de todas essas
decepções que se passaram e deixa aí pendurado na tal conta do destino. Mais um
livro vem aí, todo ansioso, com páginas limpinhas pra gente rabiscar uma nova
história. Hoje, sinceramente, eu só quero que 2012 termine bem. Só isso e nada
mais. E, pra 2013 – se puder fazer algum pedido -, eu quero saúde e fé. Com o
resto eu me viro. Não tenho medo de viver.
Eu sei, eu sei que bate aquele friozinho
na espinha. Mas, o legal é isso: a emoção de não saber. Porque, se a gente
soubesse, que graça teria? Eu não gosto de fim de ano, do clima de Natal, não
sei, pode até ser esquisitice, sei lá. Mas, não gosto. Acho um saco de
nostalgia pesado demais que se estende num mês que se arrasta cheio de
devia-ter-feito-isso, não-devia-ter-feito-aquilo. Gosto mesmo é da sensação do
começo, a sensação de que a vida é sempre um [re]começo e que as esperanças
nunca acabam porque há sempre um dia e mais outro e mais outro... ao mesmo
tempo, com a sensação de que só temos o hoje. Na verdade, a vida é um frio na
barriga, uma eterna montanha russa de emoções.
De 2012, eu só levo o que for bom. O que
não foi, deixa pra lá. Deixa guardado no meio daqueles borrões perdidos que um
dia escrevi, mas que hoje já nem sei pra que canto desse mundo de meu Deus o
vento levou. Hoje eu sei – de poucas coisas, mas sei – que o ódio só faz mal
pra quem o mantém. Coisa ruim a gente só leva se quiser. Além do mais, a vida é
uma antítese, tão certa e tão incerta, tão previsível e tão imprevisível que é.
Sendo assim, porque carregar tanto peso desnecessário? Pra que tanto ódio, se
amar é muito melhor?
E, na virada, quero mais é me vestir de
mim. Quero a paz de estar de coração leve e bem acompanhado. Quero a certeza de
que Deus estará sempre presente e, pra onde quer que eu vá, seja lá que
história escrever, terei sempre a Sua companhia caminhando ao meu lado embora,
muitas vezes, não O veja e não O sinta.
Que 2012 vá embora com todas as suas
lições dadas e que, sem medo, aceitemos mais um ano que não aguenta mais de
ansiedade pra nascer. Agarra aquelas pessoinhas especiais pela camisa e leva
junto pra 2013, corre e vai ser feliz! A vida te espera, novinha em folha,
cheia de expectativa e muita fé pra doar.
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~Emilie Escreve~