Das coisas que se vão...

Ah, eu tenho lá os meus arrependimentos. E quem não tem? Eu tenho sim aqueles momentos de parar e pensar que poxa-não-devia-ter-feito-aquilo ou, pior, merda-por-que-não-fiz-aquilo?. Todo mundo tem disso. A gente tem sempre uma lembrancinha chata que faz a gente perder uns minutinhos preciosos de vida se lamentando. É normal.

Mas eu aprendi que olhar pra frente é muito mais importante (tá, eu sei que isso é óbvio). Eu não falo isso só teoricamente, só porque é fácil falar. Não, eu falo na prática mesmo. Aprendi. Puxa, demorou pra caramba, confesso. Mas uma hora a ficha da gente cai e começamos a perceber que passado é passado, já era, foi e tentar voltar no tempo não passa de uma tremenda frustração que vai te fazer muito mal conforme for acumulando as tentativas.

Hoje, eu priorizo o agora e procuro viver, independentemente se amanhã vou me arrepender ou não. Amanhã o hoje vai ser passado. E aí? Quer olhar pra trás? Então olha de vez em quando, mas só se for uma olhadinha rápida. Não tenta ultrapassar o muro que separa o ontem do hoje não que, garanto, você não vai conseguir nada além de uns arranhões e umas feridinhas pra cuidar.

O passado foi feito pra ser guardado. Se for uma coisa bonita, você guarda no seu coração. Se não for, deixa ele lá, onde mesmo ele ficou. O passado foi feito pra ser exemplo ou pra ser história, você pode contar pros seus filhos, pros seus netos. Só que a nossa história a gente escreve a cada dia, um após o outro. Uma página por vez. Não esquece.

Não teremos nunca a capacidade de voltar lá atrás e consertar nossos erros – felizmente ou infelizmente? Não sei. Mas, uma coisa é certa, teremos sempre a oportunidade de aprender a cada dia com os nossos arrependimentos. Porque a vida é isso, um acúmulo de experiências. E só depende de você querer transformá-las em positivas ou negativas.