Observâncias facebookianas

Acho que vou tatuar em alguma parte visível do meu corpo: Não force amizade comigo! Aliás, não force nada comigo. Sou chata pra caramba e detesto quem força qualquer tipo de relação. As boas relações são naturais e acontecem sem a gente nem perceber. Não gosto de quem chega tentando arrombar a porta da minha privacidade. Eu sou uma boa amiga, mas amizade a gente cativa, cultiva e faz por merecer. Amizade é coisa séria não é dizer que é amigo e pronto, viramos amigas de infância. Não! Amizade é que nem amor, é construção, é suor e trabalho, é um tijolo por vez.

Dia desses lá no facebook uma garota disse: “Oi, quero ser sua amiga. Vamos bater um papo?” Achei, no mínimo, nem um pouco casual. Mas disse que tudo bem, tá legal. Mas aí a menina veio me encher de pergunta: Onde você mora? Com quem mora? Quantos anos você tem? Você namora? Peraí. Já não gostei. E não é por que eu sou chata, é que, poxa, nada haver. Já disse: minha vida não é um livro aberto. E não é. Não, eu não tenho podres que precisam ser escondidos, acontece que eu também não preciso dizer oi-estes-são-meus-defeitos-e-estas-são-minhas-qualidades, não mesmo. Eu prefiro que as pessoas descubram aos poucos e naturalmente, claro, coisas sobre mim.

As pessoas tem mania de apressar as coisas, não entendem que o que é pra ser não precisa ser adiantado. Assim é a amizade, assim é o amor. Quando vemos já virou aquilo tudo sem nem saber de onde começou.

Pronto. Bloqueei a menina do bate papo. Mas ela não se deu por vencida. Em todos os meus posts ela vinha e fazia um comentário, muitas vezes nada haver com o que tava falando (eu odeio comentários fora do lugar), outras vezes discordando e falando bobagens. Foi o fim! Não sei se perdi uma grande amizade, acho que não, mas bloqueei a garota e nunca mais a vi! Não sei se fui má, talvez devesse ter dado mais uma chance, ou ter deixado ela lá comentando desenfreada.
Moral da história: Não sei, mas acho que tudo tem uma consequência, seja um pequeno ato, seja uma grande merda. Tudo tem uma reação. E a gente tem que ter jeito pra lidar com tudo isso e, acima de tudo, aprender a assumir nossos erros. É certo que nem tudo tem um preço, mas há coisas que custam caro. Bem caro.