Foi minha mãe quem me ensinou

Minha mãe me ensinou, desde pequena, a não confiar em estranhos. Pois é, eu levei isso muito a sério. E hoje, eu confesso, sou do tipo que pouco se dá. Se a gente erra por confiar demais nas pessoas e erra por confiar de menos, sou antes ficar com a segunda opção. Talvez seja um erro mais ‘seguro’, digamos assim, ou não. Hoje em dia isso é muito complicado. Confia, não confia, confia desconfiando, desconfia torcendo pra estar errado e por aí vai. É que as pessoas preferem usar máscaras ao invés de mostrar o próprio rosto, ninguém quer mostrar suas imperfeições, suas cicatrizes. Preferem usar maquiagem e sorrir sem vontade, preferem posar de boazinhas, de perfeitas-simpáticas-e-adoráveis. A maioria das pessoas só brinca de ser feliz. A maioria só se engana. Ah, isso me cansa. Gente de plástico, gente que não sente, isso tudo pra mim é muito cansativo! Sei lá, acho que o mundo anda meio tosco realmente, acho que não compensa mesmo a gente se dar tanto se as pessoas vivem cheias de hipocrisia e vazias de amor. A falsidade anda disfarçada de boa-moça e deu até pra andar confundindo a gente agora. É tanta gente posando de contente, tanta gente postiça que, credo, ando até com medo de sair lá fora. Diante do mundo, das pessoas e do – pouco- sentimento que têm umas pelas outras foi inevitável não lembrar do conselho da minha mãe até hoje. Isso talvez não tenha me tornado melhor, mas também não me tornou pior. Mas me fez bem, por que, junto com isso – ou como consequência disso – acabei aprendendo a reconhecer as pessoas pelo coração, a fazer a minha parte. Minha mãe também me ensinou que, apesar de tudo, a gente sempre tem um pouquinho de fé guardado lá no fundo e me ensinou que quem tem fé tem esperança. E é a esperança que faz a gente voltar a acreditar no mundo de novo. Dizem por aí que a esperança é a última que morre. Mas minha mãe me disse que ela tem vida eterna se a gente souber cuidar bem do coração – da gente e dos outros!

Comentários

Mariana Penna disse…
Amei amei amei Si!! Mais pra frente vou roubartilhar, rs.

E aquele sorteio dos layouts, quando sai??

Bjuss e feliz nosso dia!!
Jeniffer Yara disse…
Ando assim também, não confiando nos outros, pecando por ser segura demais, ás vezes fechada demais chegando até ser anti-social, mas é como você escreveu, mas pessoas fingem tanto, fingem sentimentos, fingem felicidade, fingem se importar e eu não quero fingir, eu quero me importar, sentir, ser feliz.

Quem tem fé, tem esperança, com certeza. Eu tenho fé que ainda existam pessoas verdadeiras por aí.

Beijos
http://mon-autre.blogspot.com/
Unknown disse…
minha mãe me ensinou que ... devemos respeitar os outros acima de tudo. Devemos lutar por nossos sonhos. Devemos chorar, mas não querer viver em prantos o tempo todo. Devemos curtir momentos com os amigos, mas reservar um tempo para nós mesmo.
Minha mãe me ensinou várias coisas. Quando eu tinha 13 anos ela faleceu. Mesmo Com a morte dela eu aprendi uma coisa: A VIDA VEM EM PEDAÇOS, DEVEMOS APROVEITAR CADA MIGALHA DELA.
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adorei o blog! te convido a mergulhar no meu infinito particular.
Falou tudo e mais um pouco agora, isso foi um tapa na cara da sociedade. Lutaram tanto por liberdade de expressão, de serem livres de corpo e pensamento, pra chegar hoje e ser uma verdadeira fábrica de hipocrisia e falsidade.
Sou meiga, gentil, carinho, amiga e muito verdadeira, mas também sei ser ruim ao ponto de querer uma pessoa a 7 palmos á baixo do chão se me fizer mal. Educação está nos meus princípios básicos, não suporto fingimento, não suporto mesmo. Já ganhei vários inimigos por conta disso, mas fazer o que? Eu sou assim, se vejo coisa errada (falsidade) falo na lata mesmo, sem medo de ser feliz, por isso tenho poucas amizades, mas as que eu tenho são verdadeiras.
Ao contrário de vc sou muito espontânea, muito rua, muito povo, mas ultimamente ando sentindo a necessidade de me preservar, de ficar em casa curtindo minha cama e minha TV .. kkkkk .. Coisas de mãe sabe.
Adorei o seu texto.
Bjos e uma ótima sexta-feira

Flavinha
Necessidades Femininas
Simone Oliveira disse…
Pois é, Jeniffer, inevitável a gente não ficar insegura!
Simone Oliveira disse…
Puxa, Edinaldo. Que história a sua! Até me emocionei! É,a vida vem em pedaços mesmo.
Beijos e muita fé!
Simone Oliveira disse…
Ui. Você é mesmo má, Falvinha! kkkkkkkkk - brincadeira!
Eu também tenho poucas amizades, mas as poucas que tenho são muito importantes! Obrigada pela visita! :)
Prefiro ser julgada por meus erros porque demonstro o mais íntimo de mim do que viver por trás de máscaras e falso caráter.

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